A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) ainda comemora os resultados das vendas de automóveis em janeiro neste ano. Os números foram os melhores registrados no primeiro mês do ano, desde que a Anfavea foi fundada, em 1957. Foram comercializadas 312,6 mil unidades, crescimento de 0,4% em relação ao janeiro passado, antigo recorde.

As vendas em janeiro foram impulsionadas pelos clientes que buscaram comprar os estoques de veículos produzidos ainda com o benefício do desconto do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Segundo anúncio do governo, as alíquotas do imposto terão aumento gradual em 2014. Para os veículos populares flex (até mil cilindradas), por exemplo, o percentual passa de zero para 3%, até 30 de junho.

No entanto, para continuar em crescimento e driblar a volta do IPI, a indústria cobra outras ações do governo para acelerar as vendas ? o crescimento projetado para 2014 é de 1,4% na área de automóveis e comerciais leves e 5% para área de caminhões. Uma das principais reivindicações é ter melhores condições de financiamento.

"O grande desafio nas vendas é que pudéssemos contar com o leasing [tipo de financiamento mais acessível para a compra de carros, motos ou veículos pesados]. Já tivemos 43% de participação do leasing e, agora, estamos em torno de apenas 2%", explica à Agência CNT de Notícias o presidente da Anfavea, Luiz Moan. Segundo ele, outro ponto importante é diminuir os custos de produção para melhorar o nível de competitividade da indústria.

De acordo com Moan, esta oportunidade deve ser melhor aproveitada, uma vez que o Brasil é o quarto maior mercado de automóveis do mundo ? perde apenas para China, Estados Unidos e Japão - e tem condições de subir mais posições no ranking. 

Fonte: Revista O Caminhoneiro