Em reunião nesta segunda-feira (30/09), os presidentes do Brasil e do Paraguai, Dilma Rousseff e Horacio Cartes, discutiram a integração logística para viabilizar custos menores para os dois países em hidrovias, ferrovias e rodovias.
Após o encontro, Dilma disse aos jornalistas que considera "muito importante" que os dois países tenham estabelecido uma cooperação – principalmente na área ferroviária, novamente reconhecendo o atraso do país em investimentos nesse setor. "Nós estamos fazendo esse esforço agora, no início do século XXI", disse a presidente ao comentar os passos dados pelo Brasil para construir uma estrutura ferroviária.
"Tenho certeza de que tanto para o Brasil quanto para o Paraguai esse esforço não vai ser em vão, porque construiremos canais de escoamento para a grande produção agroindustrial e agrícola e pecuária do Paraguai, e também para o escoamento da nossa produção", afirmou Dilma, destacando a necessidade de "um grande impulso à integração fronteiriça".
A reunião dos dois presidentes terminou sem assinatura de atos, apesar da afirmação da presidente brasileira de que as relações e a integração entre os dois países "têm um potencial muito maior" que as mantidas atualmente.
Cartes, por sua vez, afirmou que o Paraguai não quer pedir "favores" ao Brasil, mas sentar-se "à mesa para negociação", buscando benefícios para ambos os países. "Num momento em que o Paraguai goza de um crédito que ontem não gozava, o Paraguai quer dizer ao Brasil que nós queremos sentar na mesa de negociação", afirmou, acrescentando que interessa ao país o "ganha-ganha" entre ambos os países.
Fonte: Valor Econômico